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Foto do escritorIzaias Lobo Lannes

Atitude e comportamento do Espírita

O Comportamento no Centro Espírita e em todo lugar.

Este artigo tem a finalidade de refletir o comportamento no Centro Espírita, ou em qualquer lugar onde estejamos, numa perspectiva espírita, psicológica e comportamental. Reflexões que possam aumentar nosso senso crítico, na esfera do comportamento.

O efeito terapêutico dos ensinamentos espíritas são de inestimável valor, enfatiza a necessidade de mudanças de atitudes, ponto central que nos ajudará a renovações de comportamento, propiciando ambiente saudável e acolhedor.

A reforma ínterior não é unicamente um apelo de conotações religiosas, é uma proposta científica assentada na lei de ação e reação. A insistência em agir em desacordo com as leis naturais, produz reações equânimes ou em bom português, sofrimentos e no caso, dificuldades de relacionamento.

Portanto, as neuroses e psicoses não são entidades autônomas que atacam os seres humanos como se fossem vítimas indefesas de um mundo cruel, ao contrário, os conflitos têm gênese em nossas próprias atitudes, quando nos apegamos ao que é fugaz, transitório e ilusório. Consequentemente, advém o sofrimento por não conseguirmos manter em nosso poder o que não é de ninguém, por exemplo, a casa espírita, mas que é útil a todos na medida exata de sua finalidade, ou situações que não estejam no âmbito de nossas decisões ou vontades. Além do que, tal apego, restringe seus potenciais, uma vez que o circunscreve ao objeto de interesse pessoal, interesseiro, atendendo ao eu vaidoso. Esse reducionismo existencial, deixa o indivíduo frágil, pois seus pensamentos girando em torno de objetivos egoísticos, produzem matéria mental semelhante, que serão espargidos no ambiente, incidindo em pessoas encarnadas e desencarnadas afins, voltando ao emissor acrescido de agentes carreados na excursão, favorecendo, desse modo a aproximação de pessoas e entidades espirituais ao seu convívio que comunguem os mesmos interesses.

Conquanto a abrangência com que o Espiritismo trata da problemática humana, nem sempre seus profitentes conseguem dar conta da resolução de problemas pessoais. Na longa marcha palmilhada, nas múltiplas existências, jaz no subconsciente de cada criatura todas as experiências percorridas, emergindo ao consciente conflitos e bloqueios acionados por estímulos diversos, reclamando reeducação e sublimação. É claro que as virtudes e habilidades também manifestam-se, explícita ou implicitamente, mas não são valorizadas e buscadas no seu devido valor. Pessoas há obstinadas em aterem-se no sofrimento, e enrodilhar em problemas que não se empenham em dar atenção e solução.

No Centro Espírita, que também é um laboratório de renovação, uma vez que se aprendermos a praticar o “amai-vos” e “instruí-vos” ensinado pelo Espírito de Verdade, os resultados da renovação pessoal estão na proporção do próprio empenho. Àqueles que estão dispostos à transformação pessoal, dificilmente não

lograrão êxito, nem que seja parcial. Apesar dessa possibilidade factível, não podemos esquecer que há comprometimentos que reclamam a ajuda de profissionais da área da saúde.


No que tange ao comportamento ou aos aspectos psicológicos, a Psicologia é a resposta pouco valorizada por pessoas que caem no extremismo de acharem que tudo é problema espiritual. Sofrendo às vezes longos períodos, esperando soluções de ordem espiritual, sendo que seu problema pode ser psicológico, reclamando uma psicoterapia. A obsessão e os conflitos pessoais, são oriundos de atitudes discordantes das leis naturais, portanto, é necessário modificar o comportamento desequilibrado que está gerando sofrimentos e facilitando a obsessão. A água fluidificada e o passe não surtirão efeitos, se o indivíduo se debate em conflitos existenciais e de identidade! Isso porque seu pensamento estará circunscrito ao foco do conflito, produzindo matéria mental doentia, que impede toda ajuda externa.

Há casos que só o tratamento espiritual ajuda, outros que só a psicoterapia resolve e outra saída, que precisam de ambos concomitantemente.

Os espíritos benfeitores não poderão nos ajudar objetivamente como queremos, a modificar hábitos e atitudes, se os cultivamos e não queremos mudar. É no aqui e agora do dia-a-dia em contato com pessoas e o mundo que deveremos adquirir novos valores e modificar padrões de pensamentos e comportamentos que não atendam mais aos novos rumos que estamos dando a nossa vida. Os benfeitores espirituais respeitam a didática da vida não fazendo em nosso lugar o que é intransferível e de exclusividade nossa executar.


Izaias Lannes Lobo




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